quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Não pago!

Milhares de pessoas manifestaram-se pelo fim da austeridade.. mas há uma divida para pagar..

O povo não quer pagar a dívida do estado, e eu acho muito bem! Não querem pagar uma divida publica que não é sua! E eu também não!

Mas eu andei durante anos nos transportes publicos a pagar pouco mas o custo das infraestruturas é deles que eu não pedi para as fazerem.. Eu gosto de demorar pouco tempo a chegar a todo o lado onde quero ir mas o alcatrão não fui eu que o mandei colocar.. e outros que tais..

Soube-me bem os empréstimos dos bancos a baixos juros para comprar casa, carro e as férias mas não tenho culpa de os bancos não terem dinheiro para emprestar às empresas que querem exportar..

Mas é que a dívida pública portuguesa era de 92% do PIB enquanto a dívida privada era de 220% em 2011.! 

Então e se o estado não quiser pagar as dividas do povo?

Se o estado não emprestar dinheiro à banca para que esta se aguente enquanto espera 50 anos que o povo acabe de pagar as suas casas? e os seus carros? e as suas férias? É uma jogada de imenso risco penhorar os rendimentos de alguem durante uma vida inteira.. em 50 anos muda muita coisa.. achar que se tem emprego durante 50 anos seguidos com as mesmas ou melhores condições salariais é quase o mesmo que jogar 2€ no euromilhões e estar à espera de ganhar o 1º prémio! É que os bancos pedem dinheiro a ao BCE a baixos juros com a confiança que estes pagam e se por ventura não pagarem o estado é usado como fiador..

Existe demasiado consumo, gasta-se mais do que se tem e do que se ganha. Gasta-se através do crédito. Se por um lado o consumo alimenta a economia, por outro o consumo através de crédito gera dívida! Este foi o modelo economico que existiu por cá nos ultimos 30 anos e que chamou cá o FMI por 3 vezes.. Óbviamente não resulta! No dia em que se fecham as contas ainda existe dívida para pagar.. E eu não quero pagar as dividas de uma auto-estrada que não uso.. Mas também não quero pagar a casa que o António deve ao banco!



Resta a questão, é melhor 100 mil desempregados ou um (ou dois) subsidio a menos?


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