quarta-feira, 2 de maio de 2012

Porque a crise não é minha!

A crise é dos políticos, eles que as paguem!

Eu andei durante anos nos transportes publicos a pagar pouco mas o custo das infraestruturas é deles que eu não pedi para as fazerem..

Eu gosto de demorar pouco tempo a chegar a todo o lado onde quero ir mas o alcatrão não fui eu que o mandei colocar..

Soube-me bem os empréstimos dos bancos a baixos juros para comprar casa, carro e as férias mas não tenho culpa de os bancos não terem dinheiro para emprestar às empresas que querem exportar..

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a crise não é minha, os outros que a paguem!


Pronto, não chorem.. eu falo do pingo doce!

Parece que uma cadeia de grandes superficies comerciais, com um golpe de magia, fez ontem o que cerca de 90% dos portugueses e 100% dos bancos queria ter feito.. ganhar liquidez!
Com prejuízo ou não (não acredito que tenha sido dumping*) o que é certo é que a jerónimo martins encaixou milhões de euros (sem exagero) num só dia, roubando assim clientes a outras lojas e mais, roubando ainda concorrentes não directos dado que com tanto € gasto ali não sobra para muito mais sitios..

bonito de se ver são os menos dotados de cérebro que agora vêm criticar a iniciativa.. uns que esperam vir a cobrar multas sobre a iniciativa (querem comer algum) outros porque este assunto obliterou completamente os protestos do 1º de maio.. Os argumentos deles é que são demais.. uns dizem que é dumping, ora, tal questão não se coloca uma vez que a grande maioria dos produtos é de origem nacional e, se são vendidos abaixo do preço de custo foram com prejuizo da cadeia, caso contrário isso requeria tempo para negociar com os fornecedores a baixa de preço.. outros dizem que é caridade e que se devia era oferecer-lhes emprego para eles não necessitarem de comprar alimentos a preços tão baixos.. mas se a promoção tivesse sido hoje já ninguem refilava..

Para terminar,

no ultimo trimestre do ano passado a balança comercial portuguesa foi negativa somente devido às importações de petroleo, importações essas que se agravaram mais de 20% em relação ao ano passado.
Certo é que o nosso país tem um forte empenho nas energias renováveis, mas ninguem se lembra que para a mobilidade eletrica avançar é preciso haver veiculos eletricos.. Ora se não são assim tão mais caros, se as recargas nos postos de carregamento existentes são grátis durante um ano então porque não se apostou fortemente nisso?
Porque é que o estado não faz 1000 empréstimos/ano para que possamos adquirir esses veículos?

Os modelos técnicos de exploração de energia no país estão já bem definidos, já o modelo económico não pode evoluir muito enquando não cairem os interesses e os monopólios vigentes, como tal não irei apresentar a minha proposta de modelo.